Cada bebê, uma história... | Davi

Sabemos que cada família tem uma história única e cada bebê chega trazendo emoções diferentes.

Pedi para que a Camila Neumam cotasse como foi esse período de gestação.

Leia e se emocione!

"Davi é um bebê muito aguardado e querido. Não por acaso seu nome significa amado em hebraico. 

Ele veio para despertar o nosso lado mais forte, para aprendermos a ser mãe e pai antes mesmo dele nascer. Para protegê-lo do que for necessário, ate mesmo da minha própria natureza. Com 17 semanas de gestação eu entrei em trabalho de parto prematuro e fui internada. Davi tinha apenas 156 gramas e sobreviveria se as minhas contrações fossem contidas com precisão. 

Começou-se assim um ciclo de medicamentos na veia e repouso que duraria até as 33 semanas, quando saímos do hospital com Davi pesando quase dois quilos dentro da minha barriga e fora da zona de perigo. Nessa altura, nosso filhote já era um homenzinho formado e até fazia xixi, evolução que pudemos acompanhar nos exames de ultrassom semanais -- lado bom de permanecer em um hospital - que sempre renovava nossa alegria. 

Antes de cada exame eu fazia questão de me arrumar. Tomava banho, passava batom e perfume. E ele retribuía com imagens cada dia mais incríveis! Girava o corpo, mexia os bracinhos, chupava os dedos, mostrava o pipi sem cerimônia. Adorávamos ver como era exibicionista o nosso rapaz! Cada evolução dele nos dava mais força e satisfação mesmo confinados em um quarto por cem dias. Digo nós porque o pai do Davi embarcou nessa jornada na mesma intensidade, dormindo todas as noites no sofá do quarto, lendo gibis do Chico Bento para o filho, ampliando o estoque de DVD's, garantindo a transmissão de HBO e Netflix e "traficando" comida de fora para matar os desejos da mulher grávida.

Mesmo exausto por dividir essa rotina com o trabalho, recebia as visitas de familiares e amigos, que sempre vinham com flores, chocolates e muito carinho. E assim enfrentamos duas tentativas frustradas de alta e uma passagem pela UTI. Nada que abalasse o Davi, sempre forte, sadio, com batimentos cardíacos vorazes e chutes cada vez mais poderosos. Um exemplo de determinação que fizemos questão de absorver para ficarmos sempre em sintonia com o pequeno, o ser o mais forte da família! 

Ao mesmo tempo nos amparávamos a uma profunda corrente de amor, vinda de diferentes pessoas, maneiras e credos. Junto da família e dos amigos, nossa incansável obstetra, profissionais da enfermagem, da fisioterapia, da nutrição, da psicologia e da limpeza elevavam o coro pela nossa saúde. Era bonito de se ver! 

O plano de eternizar o barrigão em fotos e celebrar a chegada do Davi com um chá de bebê sempre existiu. Seria colocado em pratica dentro ou fora do hospital. Graças a Deus conseguimos fazer ambos 15 dias depois da alta, no dia do aniversário do papai do Davi. 

Mesmo com a mamãe dele sem muito condicionamento físico, tínhamos tanto a comemorar! O resultado dessa jornada está aí: imagens que mostram o quanto esse danadinho cresceu, assim como o nosso amor por ele. Agora vamos rumo ao desafio principal que é criar o Davi da melhor forma possível. Obrigada Deus por permitir chegarmos até aqui. Obrigada Deus por permitir eternizarmos esse momento e obrigada Fernando pelo trabalho lindo e sensível."

Cada bebê, uma história...

Para ver como ficou o ensaio da Camila e do Gustavo, clique aqui.